domingo, 19 de agosto de 2007

Coerência incoerente

Distancia curta esta vida que se percorre
Brinca-se, festeja-se, ama-se
Até que ao fim
Se morre.

Principio do fim
Fim do principio
Com tantas voltas ao meio
Perdi-me por volta do início.

Olho em volta mas não se consegue ver
A poeira levantada no ar
Cega-me
Assim como a caneta fica sem tinta para escrever

Descrever uma vida será possível!
Sem eufemismos sem alguma personagem destemida
Sem felicidade ou amor irresistível
Até mesmo paredes furadas por tinta comida!

Reparais vós quanto custa um litro de sumo de vida?!
Apenas uns tostões de esforço medido a palhas
Sentai-vos nas cadeiras da perdição e rejubilem de olhos postos a partida
Ó talhante da boa vontade quero 2 costeletas bem aviadas.

Episódios episcopais de serias vitórias virão
Eu mais eles e todos os que pelo passeio se levantam
Mostrar o bem feito é o correcto vilão
Desmentir o mal não á ventos que garantam

Coerência incoerente inerte de todas as palavras
Fogem do cais a passo largo as aves da Boaventura
Assim como nas grandes invasões bárbaras
Deixa na minha vida pôr alguma fervura.